O Mundo em Duas Mochilas

Os Eastfjords são uma extensão de aproximadamente 120km na costa Este da Islândia, considerando-se que se iniciam entre as localidades de Borgarfjörður Eystri e Berufjörður. Dizem que apenas 3% da população total da Islândia vive nesta zona, sendo que aqui se destacam as quintas típicas, as pequenas vilas piscatórias e lagos encantadores que criam verdadeiros cenários de filme.Não planeámos pernoitar nesta zona, passando aqui quando fazíamos a ligação entre Mývatn e Höfn. Assim, a nossa passagem por aqui foi feita no sentido de norte para sul, começando pela localidade de Reyðarfjörður, onde existe o maior fiorde desta zona com aproximadamente 30 km de comprimento.

Dizem-nos que mais a norte existem ainda mais cascatas e zonas imperdíveis, mas o tempo escasso e uma viagem que vinha já longa levaram-nos definitivamente a dirigirmo-nos em direção a sul. A cada quilometro percorrido, parecia surgir toda uma outra paisagem digna de fotografar, com reflexos magistrais na água.

Os faróis na costa são uma constante, sendo notórias igualmente as relações francesas com esta zona, concretamente na localidade de Fáskrúðsfjörður onde inclusive existe um museu, um consulado e uma capela a relembrar estas ligações. Desta localidade podemos ainda observar a pequena ilha de Skrúður, “casa” de inúmeras espécies de pássaros que por todo o lado passeiam alegremente como que a dar-nos as boas vindas.

Seguindo caminho, sentimo-nos quase que hipnotizados pelo serpentear das estradas à beira mar e com as paisagens fantásticas que cada curva revelava. Antes de chegarmos à localidade de Djúpivogur, damos de caras com a famosa montanha em forma de pirâmide, Búlandstindur. Dizem as lendas islandesas (e são tantas e tão especiais), que no solstício de Verão, se pedirmos um desejo junto a esta montanha pode torna-los reais. Não custa tentar, não é?

Concluindo a rápida passagem por esta zona Este da Islândia, fomos vendo que a paisagem ia mudando à medida que nos dirigíamos para sul, com o branco da neve a dar lugar ao castanho da terra e da vegetação seca.

Saímos então da última localidade costeira em direção a Höfn onde pretendíamos pernoitar, comentando como são notórias as influências nórdicas aqui existentes.