A capital da Islândia tem apenas 120 mil habitantes no seu centro (mais de metade da população total do país), sendo a capital mais a norte de qualquer estado soberano do nosso globo. Capital moderna, acolhedora e muito familiar, tem aqui, entre outras curiosidades, o descendente do parlamento mais antigo do mundo, que havia sido fundado no ano de 930 pelos primeiros colonos da ilha.
Partindo do aeroporto mais próximo (em Keflavik) que dista quase 50km do centro de Reykjavík, seguimos em direção ao centro da capital num carro alugado e encarando diversas paisagens, numa mistura de terra árida e montanhosa, com os cumes brancos da neve.
Chegados à capital, e começando pela baixa da cidade, podemos dar um passeio junto à lagoa, visitando o Sun Voyager. Esta escultura aqui colocada em 1990 e que muitos dizem assemelhar-se a um barco viking, tem também a teoria de ser um barco que simboliza os sonhos e a luz. A vista para o Monte Esja com o seu cume branco, faz um contraste bonito entre a construção do homem e a imponência da natureza.
Seguindo pelo passeio pedonal ao longo da baía, damos de caras com outro edifício que nos marca pela sua forma única. Estamos a falar da Harpa, um grande centro de conferências e sala de concertos, sendo a alma cultural do coração da cidade. É possível entrar e visitar gratuitamente os locais comuns, onde existem diversos cafés e lojas. Se tiverem essa sorte e estiverem interessados, podem sempre assistir a um dos inúmeros concertos que aí acontecem.
Depois de sairmos desta zona, mais repleta de prédios altos e recentes, é seguirmos pelas ruas com casas pequenas, coloridas, quase a fazer lembrar uma cidade da Lego (no bom sentido, claro!). As lojas familiares e antigas misturam-se com as lojas mais recentes, que oferecem visitas culturais pelo país e souvenirs para os turistas.
Também os lagos e parques (como o de Hljómskálagarður) convidam a uma visita e passeio, para nos sentarmos e apreciarmos toda a tranquilidade e organização que se consegue sentir.
Aqui perto, com os seus tijolos escuros (quase como uma metáfora da situação económica que assolou o país na última década e da qual hoje recuperam de forma fantástica) temos o herdeiro do mais antigo parlamento do mundo, conhecido como Alþingi. O parlamento deste país, que é tudo menos imponente, foi inicialmente fundado em Þingvellir (a 43km da sua localização actual) no ano de 930, sendo que várias situações políticas levaram a que mais tarde fosse aqui edificado e colocado (em 1881) reforçando esta cidade como a capital do país.
Entramos na Laugavegur, a rua mais comercial da capital da Islândia.
A meio, e antes de começarmos a subir para a zona mais alta, sobressai o topo daquele que, com 73 metros de altura, é o edifício mais alto do país: a Hallgrimskirkja.
Do local onde se encontra esta igreja, que tem um formato também ele único e diferente de tudo o que já vimos para um edifício deste género e que demorou perto de 40 anos a ser construída (1945-1986), temos uma vista superior de parte da cidade. Infelizmente não conseguimos apanhar o edifício aberto para visitarmos nem subirmos à torre, mas os preços para visitar a torre variam entre os 1000 ISK ± 8 € (adultos) e os 100 ISK ± 0,80 € (crianças entre os 7 e os 16 anos) e os bilhetes só podem ser adquiridos no local. A entrada apenas para a igreja é gratuita, mas os horários são variáveis e dependem da época do ano.
Como chegar: Considerando que os voos internacionais chegam todos ao aeroporto de Keflavik, temos de estudar qual a melhor opção para nos dirigirmos para o centro de Reiquejavique. Como já referimos, deslocámo-nos sempre de viatura própria, o que nos deu toda uma outra autonomia na viagem (conseguimos preços que rondavam os 30€/dia). Caso pretendam deslocar-se de transportes públicos, têm a opção de autocarro como o Fly Bus que por 5500 ISK ± 42 € (preço de ida e volta), liga Keflavik à capital em 45 minutos.
Onde ficar: Em momentos distintos da viagem, ficámos em locais diferentes na zona de Reykjavík. Passámos duas noites no T10 Hotel Iceland (na zona de Hafnarfjördur), a escassos 15 km do centro da capital que têm um grande impacto na variação de preços dos alojamentos. Sinceramente, na relação qualidade/preço, achámos uma óptima opção. Os alojamentos não são também baratos na Islândia, mas por 70€/noite conseguimos um quarto duplo, com todas as comodidades incluindo casa de banho privativa e, melhor ainda e que foi algo que considerámos sempre em todas as reservas, tinha um pequeno almoço buffet caseiro e óptimo. É muito procurado por turistas, situando-se numa zona pacata e com estacionamento privativo e gratuito. Noutro momento da viagem ficámos no hotel Nordurey Hotel City Garden, este com óptimas comodidades e estacionamento gratuito, tinha também pequeno almoço incluído, mas custando já perto de 100€/noite por ser no centro da cidade. Não estranhem se receberem um email prévio dos hotéis com o qual fazem reserva com códigos das portas de entrada do hotel e do quarto, pois é muito frequente não existirem recepções a funcionar em vários alojamentos.
Onde comer: Como certamente já ouviram falar, o custo de vida na Islândia é algo elevado se considerarmos, neste caso, os rendimentos dos países do sul da Europa. Não é fácil encontrarmos restaurantes para realizar refeições baratas, com restaurantes de fast food a poderem custar uma média de 20€ por pessoa, pelo que uma das opções poderá ser comprarmos comida de rua, sendo os cachorros os mais comummente encontrados. Nesta situações, um cachorro simples ronda os 800 ISK ± 6,5€, sem bebida. O único restaurante a que fomos nesta cidade foi o Noodle Station, por conselho do livro do Lonely Planet. Aqui podemos fazer uma refeição de noodles que, por muito básicos que sejam, nos aquecem com o contraste das temperaturas que sentimos no exterior, podendo uma refeição básica custar perto de 12€-15€ por pessoa. Outra opção é comprarem refeições ligeiras (sandes ou outros) nos vários supermercados existentes, algo que optámos por diversas vezes e teve um impacto muito positivo no orçamento.
Dicas extra:
- No centro de Reykjavík nem sempre é fácil encontrar estacionamento gratuito para estacionarmos o carro. Um opção que tomámos e conseguimos estacionar facilmente foi deixar o carro na rua Bárugata (aproximadamente com latitude 64.14931679198454 e longitude -21.9476580619812), uma paralela ao antigo porto. Daqui chegamos facilmente a pé ao centro da cidade, deixando o carro num estacionamento de rua gratuito;
- Para quem gosta de parar num café/bar durante a viagem e usufruir de uma imperial fresquinha ou uma bebida quente para nos aquecer do frio que se faz sentir na rua, aqui vai sentir alguma dificuldade em encontrar um local com preços simpáticos. Neste campo, temos a dica ideal: façam download da app Appy Hour para o telemóvel e usufruam de tudo o que ela tem para oferecer. Através desta, conseguimos saber quais os bares de Reiquejavique que estão na Happy Hour (pode variar de bares para bares), com as bebidas a ficarem praticamente a metade do preço do habitual. As opções são mais que muitas e conseguimos saber antecipadamente através da app quais os preços praticados e quais as bebidas com a promoção aplicável, as horas de happy hour de cada bar e a distância a que nos encontramos de cada um deles. Recomendamos!!
- Existe em Reykjavík a hipótese de fazerem uma tour praticamente gratuita pela cidade, dado que no final da mesma apenas somos convidados a pagar um donativo que fica ao nosso critério. Esta tem o nome de Free Walking Tour , e percorre diariamente perto de 2km da cidade em 2 horas, guiada sempre com pessoas fluentes em inglês e que tão bem conhecem a cidade e muita da sua história e lendas.
Deixe uma Resposta